quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Como fui parar na ocupação: Dona de Casa.

Como vim parar aqui : dona de casa.
Fui demitida do meu emprego justo na hora em que eu mais precisava, tinha acabado de dar a luz, ou seja do meu filho nascer depois de 10 anos de espera, em uma fila desta justiça no Brasil, fui escolhida por Deus para viver este momento maravilhoso, "SER MÂE". Mas só isso não foi motivo para eu me tornar uma dona de casa, muitos fatores contribuíram para que isso acontecesse. É claro que a demissão foi o primeiro grande passo, e durante essa transformação culpei a todos e a mim por tudo ter chegado a esse primeiro passo, tendei até montar uma loja...., até o ano passado enviei currículo, mais ninguém me chamou, confesso que se tivesse me chamado eu iria, fiquei tentado mais nada, até que em minha orações Deus me disse” Luciana, Se você não está conseguindo um emprego, é porque sua missão como  mulher, dona de casa, ainda não terminou”, então me concentrei  muito e após pensa decidi que  meu filho e meu marido precisavam de mim.
Antigamente eu dizia que as mães que ficavam em casa não tinham muitas coisas para fazer, afinal cuidar de casa é super fácil.... pura ilusão, a realidade era outra! Como eu cheguei a esse ponto? confesso que foi muito difícil e ainda está sendo....a gente pensa em sempre ocupar a cabeça em fazer alguma coisa nos enganando dizendo que é para ajudar o marido , historinha para boi dormir...,tem gente que acha que é só cuidar de filhos não é o suficiente, achamos que dá tempo de aprender artesanato, culinária, difícl né???

A verdade é que: eu ainda não me conformei com essa minha escolha, mas eu chego lá.

Me aceitar como dona de casa não é fácil, sempre acho que não estou em pé de igualdade com meu marido e não estou contribuindo com a família.

Eu me sinto obrigada a defender a minha decisão de não trabalhar para os amigos, parentes, o mundo! Não é fácil. Até porque acho que não estou convencida de que tenha tomado a decisão certa. Pergunto sempre ao meu marido se ele esta feliz por eu não trabalhar.
As vezes me pergunto a que ponto chegamos, onde está escrito que precisamos justificar a decisão de cuidar da casa, do filho e do marido(Ah!inclui agregados, cachorros e passarinhos) Alguém tem de fazêr, porque não eu? Será que sou qualificada para o cargo?
Não é fácil, as vezes a gente grita – tenho vontade de bater com a cabeça na parede .... Agora me falam: quem é que quer se dedicar a uma função que não dá retorno financeiro ou status social e não é valorizada?
Sim, porque eu não sou avaliada pelo número de louças lavadas? Qualidade da limpeza da casa? não terá bonificação e provavelmente não serei promovida para mãe gerente ou sênior, muito menos terei aumento salarial por isso.
Que sorte é essa? Que vida fácil é essa?
Ser mãe em tempo integral não é fácil, deixar de ser reconhecida como a fulana que trabalha em tal empresa, ganha x salário, tem o carro y, para agora ser uma dona de casa? É isso?
Sim é isso. Descobri que a única opinião que importa é a minha, já que sou eu quem terá de conviver com a decisão de ser dona de casa, obviamente com o aval do marido, já que o casamento é uma parceria.
Estou vendo que todo o preconceito esta em mim de me tornar uma dona de casa. E assim como várias mulheres que optaram por ser Dona de Casa, eu vi que posso sim fazer a diferença na sociedade cuidando da minha família… vou conseguir ser feliz e ficar em paz com a minha decisão.
Quero chegar algum dia em não me sentir inferior ao meu marido por não trabalhar fora, por que:
  • alguém precisa cuidar de nossa casa e de nosso filho e no momento o meu salário não é uma vantagem, então tenho que assumir esta responsabilidade.
  • Eu farei a diferença na felicidade da minha família e na educação de meu filho.
  • de um modo geral, o sucesso profissional do meu marido, depende de mim, afinal ele poderá dedicar-se inteiramente a sua carreira é poderá contar comigo. 
Eu vi uma entrevista, que não sei quem falou que: “Não consigo ver trabalho mais importante do que colocar na sociedade, daqui a 20 anos, pessoas equilibradas emocionalmente, capazes de administrar as próprias emoções, de caráter firme”.

Confesso que está difícil, sabe tem horas que não quero ficar em casa, que não estudei e não me qualifiquei para esta vida............. mais eu pergunto"Que vida??? por um acaso esta vida é vergonhosa??? claro que não...Outro dia, estava na sala de espera do dentista e ouvi a secretaria perguntar para uma  mulher, qual sua profissão??? e ela respondeu: "do lar", com uma vergonha ... porque vergonha?? por um acaso aquela secretaria é melhor que ela em que??? Ser do lar não é vergonha, é status, pois se estou em casa é sinal que não preciso trabalhar, porque tenho um marido que vai me sastifazer e me dá oportunidades para ser quem eu quiser.

OLha deste de 2008, depois de trancos e barrancos,de uma loja que não deu certo, perder tudo que tinha(casa, carros) depois de quase uma separação, perdoar uma traição, viver uns dos momentos mais difícil da minha... Decidi que seria diferente, ainda não recuperamos tudo, mais o tudo que temos hoje é suficiente para uma vida em familia maravilhosa, temos problemas, temos momentos... mais eu não dou ao momento ruim o prazer dele continuar, pois sou mais forte que ele.

É isso,  depois eu conto mais de minha vida 



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